Gestalt-terapia é uma das muitas maneiras de se fazer psicoterapia. Foi concebida por Fritz Perls na década de 1950 e pretende buscar explicações racionais e lógicas para o que acontece ao homem quando se encontra em desequilíbrio psicológico.

A Gestalt-terapia é uma forma criativa, científica, poética e artística de se fazer psicoterapia. É uma caminhada com a mente e com o coração.

O objetivo da terapia desta abordagem é habilitar a pessoa a usar, além da cognição, suas sensações, emoções e sentimentos, integrando todo o potencial que a natureza lhe disponibilizou para fazer frente à sua realidade.

Gestalt, mais que uma terapia, se apresenta também como uma filosofia existencial, humanista, uma “arte de viver”. Busca sair do determinismo alienante do passado e do meio.

A Gestalt-Terapia, também conhecida como terapia do contato, tem como finalidade conhecer e trabalhar a consciência da pessoa, e com o todo que essa pessoa traz. Perls, o mentor desta abordagem se dedicou a colocar na prática toda a filosofia titulada por Wolfgang Köhler (pai da Gestalt).

A Gestalt foi por muito tempo, e ainda é considerada a terapia do contato. Atualmente é nomeada como Gestalt-Terapia, a qual Perls foi o responsável por adaptar os conceitos filosóficos da Gestalt para a prática de maneira simples e clara.  Ribeiro (1985, p.132) assegura que, “[…] a Gestalt-Terapia é uma proposta humanística de ver o homem em toda a sua plenitude, em pleno desenvolvimento de suas potencialidades”.

Na teoria de Perls, a noção de organismo como um todo é central, tanto em relação ao funcionamento orgânico quanto à participação do organismo em seu meio para criar um campo único de atividades. Perls insistia em dizer que os seres humanos são organismos unificados e que não há nenhuma diferença entre o tipo de atividade física e mental. Esta é a visão de homem da Gestalt: um ser dotado de potencial em constante relação com o meio onde vive.

Nesta concepção, sabe-se que o papel do terapeuta é o de funcionar como uma tela de projeção na qual o paciente vê seu próprio potencial ausente e a tarefa da terapia é a recuperação deste potencial do paciente. O terapeuta ajuda o paciente perceber como ele ou ela constantemente se interrompe, evita a conscientização, desempenha papéis e assim por diante.

Finalmente, o terapeuta é humano e seu encontro com o paciente envolve o encontro de dois indivíduos, o que inclui, mas também vai além do encontro definido de papéis terapeuta-paciente.

Referências

PERLS, Frederick; RALPH Hefferline; GOODMAN Paul. Gestalt-terapia. Summus Editorial. 1997.

PERLS, F. A abordagem gestáltica. Testemunha ocular da terapia. LTC, Rio de Janeiro, 1981.

RIBEIRO, J. P. Gestalt-terapia: Refazendo um caminho. Summus editorial. São Paulo, 1985.