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Erika Ramos

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Vamos salvar o mundo das cáries! E só?

Postado em 8 de outubro, 2015

Imagem de wayhomestudio no Freepik

E se nós soubéssemos cuidar da nossa saúde psicológica assim como cuidamos da saúde do nosso corpo? E se além da higiene bucal também fizéssemos higiene psicológica? E se aprendêssemos técnicas de relaxamento do stress psicológico assim como aprendemos a alongar quando temos stress muscular (cãibra)?

Durante muito tempo, por desconhecimento e por ainda não ter uma ciência tão desenvolvida, muitas doenças eram atribuídas a causas místicas ou divinas. Hoje já se sabe, por exemplo, que fumar é um comportamento altamente associado a doenças cardiorrespiratórias e ao câncer. Mas poucas pessoas sabem que isolamento social e solidão podem ter os mesmos efeitos do cigarro.

Ainda tratamos doenças psicológicas como algo que está dentro da nossa mente e que apenas com força de vontade, motivação ou o simples passar do tempo podem superá-las. O que é psicológico pressupõe um corpo e não está separado deste. Muito já foi descoberto pelos pesquisadores do comportamento humano e está na hora de aprendermos que o que é psicológico também afeta o nosso corpo e o nosso bem-estar.

No TED TALK de Guy Winch, o psicólogo nos convida a repensar como temos tratado nossas emoções. Ao longo da vida podemos nos deparar com vários eventos estressores como mudar de cidade, se preparar para o vestibular, perder o emprego ou a morte de uma pessoa querida. Também podemos ter cárie ou precisar fazer uma cirurgia. No entanto, para os eventos da saúde do corpo, sempre procuramos a ajuda de um profissional, inclusive de forma preventiva. Mas achamos que quando estamos deprimidos, ansiosos ou nos sentindo sozinhos, procurar ajuda não é necessário.

Como seria o mundo se ensinássemos nossas crianças que além de escovar os dentes antes de dormir também é importante aprender a lidar com frustração e rejeição e que existem técnicas comportamentais para isso? Quando vemos uma criança chateada devido a uma frustração, não é incomum ouvirmos comentários como “não fique assim, vai passar” ou “você ainda é muito jovem, isso é coisa da sua cabeça”. Será que as pessoas diriam a mesma coisa se essa mesma criança estivesse reclamando de dor de dente? Com certeza não.

A partir do momento que entendemos como o nosso comportamento funciona passamos a identificar como pensamentos negativos e o hábito de ficar remoendo eventos passados de fracasso afetam o nosso desempenho e o nosso humor. Conhecendo o nosso modo de funcionamento, podemos então intervir nas nossas próprias ações e quebrar o ciclo vicioso de depressão e isolamento social. O que você tem feito para manter a sua higiene psicológica? Conta pra gente!

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